Nuno Melo e Margarida Pocinho juntos
contra "eurodeputada anti-patriótica"
O candidato do CDS-PP às eleições europeias disse na noite de terça-feira que um partido que tem uma "baixa execução do programa Mar 2020", que tem "comboios que perdem o motor em andamento", e uma eurodeputada "antipatriótica" porque "há 15 anos que ataca a Madeira e o Centro Internacional de Negócios", é um partido que "não merece o votos dos madeirenses no próximo dia 26".
Nuno Melo falava na zona oeste da Madeira para cerca de 300 pessoas que se reuniram, de propósito, para conhecer os 13 compromissos da Madeira que o candidato do CDS leva para Bruxelas resolver nos próximos cinco anos, entre os quais apoios para a linha ferry, para o transportes de produtos regionais para o espaço continental e europeu, para a economia do mar, a agricultura, as pescas, a ciência e a investigação, o emprego e a qualificação profissional.
O candidato começou o dia na Zona Franca da Madeira, onde visitou a Eutelsat, uma empresa que vende serviços de telecomunicações, a partir do Centro de Controlo de Satélites do Caniçal. Depois foi ao Engenho do Norte, no Porto da Cruz, visitou a Escola Profissional Cristóvão Colombo e deslocou-se à Madeira Wine Company, empresas e organizações de referência na economia regional que têm beneficiado dos fundos europeus.
Nuno Melo, que se fez acompanhar da candidata indicada pelo CDS Madeira, Margarida Pocinho, do líder regional do CDS, Rui Barreto, de deputados regionais, autarcas e dirigentes do partido, apontou baterias à eurodeputada socialista Ana Gomes, pelos ataques frequentes ao Centro Internacional de Negócio por "comparar o CINM ao Panamá Papers", ao candidato do PS, Pedro Marques, mas também ao próprio António Costa, por procurar desviar a atenção das eleições europeias, contribuindo para desvalorizar a Europa.
O candidato democrata-cristão não esqueceu os emigrantes que regressam da Venezuela, instigou o Estado português e a própria UE a concederem apoios para a reintegração e pediu aos madeirenses que "dêem mais força ao CDS para que a Madeira tenha mais voz no Parlamento Europeu".
Rui Barreto centrou a sua intervenção no candidato do PS e antigo ministro do Planeamento e das Infraestruturas para dizer aos madeirenses que "não devem votar" num candidato que "censurou a Madeira enquanto foi ministro".
"Foi ministro e tinha a possibilidade de poder resolver assuntos do interesse dos madeirenses", mencionou para explicar algumas das matérias. "Podia ter resolvido o subsídio social de mobilidade, nada fez, podia ter contribuído para que o Estado apoiasse a linha ferry entre a Madeira e o continente, respeitando o princípio da continuidade territorial, nada fez, poderia ter ajudado a Madeira no Plano Nacional de Obras, apoiando a realização de algumas, não colocou no Plano uma que fosse. Por isso, digo aos madeirenses: quem censurou a Madeira, merece a censura do povo no dia 26 de maio". sublinhou.
O PSD também não ficou de fora. "Tem uma candidata que é recandidata mas nós já sabemos ao que vem", declarou. "É mais do mesmo, pedem dinheiro dos fundos europeu mas é para chegar sempre aos mesmos programas. E nem os fundos europeus utilizem convenientemente. O Programa de Desenvolvimento Rural tem na Madeira a taxa de execução mais baixa de todo o país, incluindo os Açores. O dinheiro não está a chegar aos agricultores. No Mar 2020, a mais baixa taxa de execução também é da Madeira. Sabemos quem tem governado a Madeira e quem deixou a saúde no lugar onde está, por isso também merece a nossa censura", declarou Rui Barreto, fazendo uma apelo: "A esperança é o CDS, a alternativa é o CDS", concretizou.
Deixou uma palavra aos emigrante. "Muitos madeirenses saíram da nossa terra para encontrarem o sucesso na Venezuela, mas tiveram o azar de encontrar um tirano, referiu o líder regional, recebendo o aplauso dos emigrantes presentes na sala. "Nuno Melo foi o primeiro eurodeputado a levantar no Parlamento Europeu o problema da Venezuela", disse, para lembrar que o "candidato do CDS tem provas dadas em Portugal e na Europa e vai bem acompanhado pela Margarida Pocinho".
A candidata Margarida Pocinho tem centrado a sua atenção nos jovens e na abstenção. Tem utilizando a frase popular "longe da vista, longe do coração" para contrariar o seu sentido e recordar aos jovens que "a Europa é aqui, é a Madeira, é onde habitamos, não está longe, pelo contrário, está no nosso coração, esta connosco", sublinhou.
Deu o exemplo das empresas que visitou para mostrar a importância da Europa no desenvolvimento económico e social da Madeira, o apoio na ciência, investigação e inovação, mas também na educação e formação. Lamentou que a Região tenha 27% da sua população em risco de pobreza e comprometeu-se "a ser a voz da Madeira" no Parlamento Europeu.
CDS
7 comentários:
Lá está o barreteiro santaneiro de asas abertas a tentar saltar ao poleiro
Este arranjista cafofiano, tem contribuído para termos a pior governação camarária de todos os tempos depois do 25 de Abril
Anda sempre de boia na mão e com a outra bem próximo da algibeira
Lança a boia ao mentiroso careca para este continuar a manter-se a fazer asneiradas por toda a cidade, mas também tem a outra mão para o que der e vier
"Quem não o conhece que o compre"
Eu já aqui afirmei que os paraísos fiscais são os piores cancros das sociedades modernas! Enquanto o simples cidadão paga os seus impostos, e não tem maneira de fugir, estes tubarões do dinheiro arranjam estes esquemas para fugir aos impostos, e o mais grave para fazer a lavagem do dinheiro proveniente do tráfico de droga, armas e seres humanos!
Eu concordo com a Drª Ana Gomes. Não queremos empresas de fachada, que não criam postos de trabalho, e só utilizam o Centro Internacional de Negócios, como uma grande máquina de lavagem de dinheiro!
E não me venham com a falácia que deixa muito dinheiro na mamadeira. Nessa ordem de ideias o comércio da droga deixa muito mais!
O que é interessante no discurso de Ana Gomes, e do inteligente das 12.23, é que são incapazes de avançar com uma única ideia de como se acabam as zonas de fiscalidade especial no mundo.
Sim, porque não hão-de ser uns ingénuos a acabar, para todos os outros continuarem. É aliás curioso que a dita comissária europeia, só levantou dúvidas em relação à Madeira e às Canárias. Quanto a Malta, Chipre, Gibraltar, Londres, ilha de Man, Jersey, Holanda, Luchemburgo e demais pela Europa fora..., nem uma palavra.
E, não falemos sequer das restantes praças existente no resto do mundo. Por exemplo, nos EUA, há um estado, o Delaware, que é todo ele um enorme off-shore, coisa que o CNIM não é.
De demagogia estamos fartos, e de ingénuos, felizmente, não reza a história.
O problema é que as máfias em todo o mundo são muito poderosas e infiltram-se nos governos, e depois vêm com os nomes pomposos de zonas de fiscalidade especial. Qual fiscalidade especial? Tem de haver uma união de todos os países para acabar com o que eu chamo chulice no pagamento de impostos:
Veja-se aqui na mamadeira como a máfia no bom sentido se introduziu nos três principais partidos para continuar com a sua chulice do dinheiro dos nossos impostos!
Ó das 22.54,
Não sabes o que são zonas de fiscalidade especial? Não tenho culpa da ignorância, mas explico.
São zonas onde são pagos impostos mais vantajosos, a troco de benefícios para as regiões, ou países.
União de todos os países para acabar com aquilo que chamas chulice? Como?
É fácil falar. Quero é que digas como, quando são muitos os países que têm zonas francas, praças financeiras e até zonas off-shore, coisa que o CINM não é, e que erradamente e demagogicamente tem sido apelidado. Como é que se convencem países, especialmente pequenos países, cuja maioria da receita vem dessas zonas de fiscalidade especial, a acabar com as mesmas? Ou como se convencem países ricos, como os EUA a Holanda, o Reino Unido, a China e outros, a acabar com instrumentos que lhes permitem arrecadar biliões?
Podes ser ingénuo. É um direito que te assiste. Mas mandar " bitaites" é fácil. Difícil são as soluções.
E, quando não existe forma de acabar com regimes fiscais que têm muitas vantagens, mas que também permitem coisas más, há, isso sim que combater as más práticas, aumentar a fiscalização, a regulação e capacitar todos os mecanismos de controlo.
Quanto à utopia, vale o que vale. Isto é, nada. Até porque, como diz o ditado, o óptimo é inimigo do bom.
As leis económicas são feitas à medida dos e para os ricos funcionam assim em qualquer lado
Logo, há que as aproveitar como e da melhor forma que possam servir às populações.
No caso do CINM, há que aproveitar os impostos que são pagos, os empregos directos e indirectos que dele dependem, os ganhos para o comércio e os serviços em geral, que com ele ganham.
Ser ingénuo, é perder isso tudo.
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