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quarta-feira, 8 de abril de 2020




Criação de Fundo de Emergência 
para socorrer Micro Empresários 


1 – Insuficientes propostas do Governo Regional 

A pandemia provocada pelo COVID-19 e o “estado de emergência” estão a ter um impacto extremamente negativo para a vida das Micro e Pequenas empresas na Região Autónoma da Madeira. A CPPME – Confederação Portuguesa dos Pequenos e Micro Empresários, através do seu Núcleo da Região Autónoma da Madeira, considera que as medidas anunciadas pelo Governo Regional não respondem aos grandes problemas dos microempresários, nem correspondem à realidade concreta de milhares de empresas, que são a grande malha do tecido empresarial nesta Região Autónoma.
Boa parte das Micro Empresas ficam de fora dos apoios até agora anunciados. As Micro empresas, as empresas com menos de 9 trabalhadores, são a maior parte das empresas existentes nesta Região e as responsáveis pela manutenção da grande maioria dos postos de trabalho existentes. As medidas até agora anunciadas pelo Governo Regional, tal como as propostas divulgadas pelo Governo da República, não servem para dar resposta à gravosa situação que afecta milhares de Micro e Pequenos Empresários, face ao momento que vivemos. 

2 – Fundo de Emergência 

A gravidade da situação, que deixa milhares de Micro Empresas sem qualquer tipo de apoios e em risco de impedir a retoma de actividade, obriga a que sejam tomadas outras medidas que ajudem a cuidar da saúde das nossas empresas. Portanto, importa que o Governo promova medidas drásticas e de rápida implementação para os diversos tipos de MPME, nomeadamente contemplando o pequeno Comércio, que na sua esmagadora maioria são Micro e Pequenas Empresas. São necessárias medidas muito concretas, objectivas e céleres para apoio aos trabalhadores independentes e Micro e Pequenos empresários e seus trabalhadores, sob pena de uma multidão de famílias mergulhar na fome e na miséria. É por isso que a CPPME vem apelar à criação, por parte do Governo Regional da Madeira, de um Fundo de Emergência para os Micro empresários. Esse Fundo de Emergência deveria corresponder a um apoio a fundo perdido equivalente aos custos de estrutura (valor de um arrendamento, salários, e outras das despesas permanentes num mês). Com a criação do Fundo de Emergência pretende-se que possa ser assegurada a liquidez e fluidez das tesourarias das MPME sem as restrições actuais, que excluem a maioria das Micro e Pequenas Empresas (inexistência de incidente bancário, inexistência de dividas à Segurança Social e à Autoridade Tributária). Esta, sim, seria uma medida de alcance real para as Micro Empresas. Esta, sim, seria uma linha de apoio para ajudar a retoma da actividade destas empresas. É esta proposta que enviaremos ao Governo Regional e para o conhecimento e desejável apoio dos partidos com representação no Parlamento da Madeira. 

Pelo Núcleo da Madeira da CPPME 

Funchal, 8 de Abril de 2020

8 comentários:

Anónimo disse...

As micro e pequenas empresas já se debatiam com graves problemas de tesouraria devido à concorrência desleal, e ao comércio paralelo como a fuga aos impostos, que essas empresas fantasmas provocam nos empresários que trabalham de uma forma honesta. Muitas dessas micro empresas devido à conjuntura adversa tinham alguns atrasos na segurança social e ao fisco. É por isso que estes apoios do governo só beneficiam os mamões dos empresários feitos com o governo que conseguem todo o tipo de documentos, mesmo que sejam forjados,como já aconteceu no passado. Estão condenados a morrer aqueles que dão milhares de postos de trabalho na madeira.

Anónimo disse...

Concordo na integra com o comentário das 12:35. Acrescento que, para ter acesso a esta linha dos 100 milhões é necessário possuir contabilidade organizada, sabemos que, a maioria das micro empresas, estão no regime simplificado, muitas delas no seu dia a dia, "comem o pão que o diabo amassou" para sobreviverem! Nesta momento estão sem nada!!!

Anónimo disse...

15.29,
Se tem regime simplificado estão abrangidas pelas medidas da Segurança Social. A nível nacional como regional.

Anónimo disse...

Pois eu vou dizer aquilo que essas micro empresas têm de ouvir e toda gente sabe mas tem medo de dizer. Se vivem na corda bamba todos os meses, é porque já não são rentáveis nem têm futuro. Nada mais óbvio que irem à falência em tempos de crise! Fecham, sobra espaço para quem é eficiente e está melhor adaptado, limpa-se o mercado da falta de inovação para que quando recupere possa surgir sangue novo, melhor adaptado às necessidades atuais das pessoas. Quem vai para o desemprego, nele não há de ficar o resto da vida, pois quem aparecer novamente vai precisar de trabalhadores. E que se esforce por melhorar competências. Pura e simplesmente a seleção natural que devia acontecer se a economia funcionar de forma correta.

Anónimo disse...

Essa está boa! Selecção natural quando a concorrência está desvirtuada, e só os mamões dos empresários da máfia no bom sentido é que são apoiados pelo governo corrupto do PSD e CDS? Deixa-me rir!

Anónimo disse...

22.34,
Mas essa "verdade" aplica-se a todas as empresas, e não apenas às micro. Também às médias e grandes.
Assim fecham 90% das empresas. Ficamos com niveis de desemprego de 80 a 90%. Mas, segundo o teu raciocínio estará tudo bem, porque as saudáveis sobreviveram.
Entendido.

Anónimo disse...

22.34,
Então para ti o melhor seria não haver confinamento nem quarentenas, deixando a população ser infectada, e aí haveria a selecção natural.
Morria quem tinha que morrer, e salvavam-se os menos idosos, que não pertencessem a grupos de risco, etc.
Pura e simplesmente a selecção natural que devia acontecer.
Deves ser um especialista!

Anónimo disse...

22.34, Você deve de viver com um salário do estado, ou seja, todos os meses dia 20 tem na sua conta o seu salário produzindo ou não! A maioria das micro empresas neste país, derivam da crise 2008, pessoas que à custo dos governos, que legislaram de forma a permitir despedimentos colectivos por parte das grandes empresas, empresas que continuam a se aproveitar do estado sempre que há oportunidade! Ou seja, as pessoas foram pro-ativas, não baixaram os braços! Mas, deparam-se com uma economia sem lei! Os recibos verdes são escravos das grandes empresas, os governos sabem disso e nada fazem! assobiam para o lado, você demonstra uma falta de conhecimento sobre o tecido empresarial, você nem faz ideia que as micro empresas, os recibos verdes, são geralmente quem suporta a economia viva neste país, é quem PAGA OS SEUS IMPOSTOS, são perseguidos se não pagarem, ao contrários das grandes empresas, muitas delas regionais, que sucessivamente vão beneficiando de perdão de dívida, quer à SS quer às finanças! Tenho dito!