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sábado, 25 de abril de 2020



 Uma ‘cowboiada’ milionária





  
Gil Canha



Esta semana assistimos a mais um episódio caricato, a propósito da construção da Estação de Tratamento Primário de Águas Residuais (ETAR), a edificar no belo vale do Lazareto, em que a Câmara Municipal do Funchal avança com a expropriação de seis parcelas de terreno que pertencem à própria Região (Estado).
O folhetim à volta da construção desta infraestrutura no Lazareto, englobada na 2.ª fase de obras da ampliação da ETAR do Funchal, tem assumido contornos verdadeiramente rocambolescos e hilariantes, próprios duma República das Bananas.
Primeiramente, a Câmara e Governo PSD fazem um protocolo muito estranho com um grupo hoteleiro da Zona Velha, onde acordam vilmente em não ampliar a ETAR ali existente. Contudo, mais tarde, investem milhões de euros (da Lei de Meios) num milionário enrocamento em frente ao Campo Almirante Reis, para proteger a ETAR (!), mas quem vê parece que protege mais o hotel. Depois, para preservar os interesses da “tubaranagem” triunfante, avançam com uma proposta caríssima de ampliar a ETAR do Almirante Reis para debaixo do campo de futebol do ex-Liceu. Novo impasse, e então surge a brilhante ideia de bombear a merda semi-tratada para uma ETAR, a construir no Vale do Lazareto, com custos verdadeiramente astronómicos.
Seguidamente, são iniciados os procedimentos de avaliação do impacto ambiental e outros pareceres da futura ETAR no Lazareto que acabam em verdadeiras farsas, com contradições insanáveis entre técnicos da autarquia e do governo, todos assustadíssimos com os milionários valores da obra, com as ilegalidades que se teriam de praticar, e com a excessiva complexidade técnica da obra. (E convém repetir, TUDO PARA SALVAGUARDAR INTERESSES PRIVADOS!)

E a autarquia, então gerida pelo sr. Professor de História, Paulo Cafôfo, em vez de não alinhar nesta ‘negociata’ miserável, enfileirou de alma e coração neste projeto estapafúrdio, inclusivamente, até encomendou dispendiosos trabalhos arqueológicos que concluíram que teria havido ocupação humana no Vale do Lazareto desde a Pré-história (não sabemos ainda se do Paleolítico Superior), e que teriam sido fontes documentais existentes na biblioteca de Odemira (Continente), a explicar o contexto histórico do sítio. E pasme-se, o material necessário para as referidas sondagens arqueológicas, ‘estacas, prumos, fios, colherins, pás e baldes’, teriam sido ‘gentilmente’ cedidos pela ‘Junta de Freguesia de Foz do Arelho’. 
E depois de todos estes folhetins de verdadeira ‘ópera bufa’, olhamos para as entidades governamentais, as mesmas que sugeriram à CMF o Vale do Lazareto, perdidas e amedrontadas como mulas num deserto, sem saber como é que vão resolver a retirada em camiões, das lamas primárias, provenientes da futura ETAR, pelos caminhos labirínticos e apertados da zona do Lazareto, e como é que irão convencer a DRAC a assistir de olhos fechados à demolição do belo Pórtico existente junto do abandonado Forte dos Louros. E, pior de tudo, como é que vão cumprir a lei do Domínio Público Hídrico Fluvial, que diz que é obrigatório o afastamento de ‘50 metros a partir do limite do leito’ da Ribeira S. Gonçalo/Lazareto (se for considerado ribeiro, são 10 metros de afastamento), quando as instalações da futura ETAR estão não só paredes-meias com esta linha-de-água, como até irá haver infraestruturas subterrâneas, abaixo da cota do fundo do canal, numa zona identificada como de ‘risco muito alto’, pelo Plano de Gestão dos Riscos de Inundação, da RAM (isto é inacreditável), e também devidamente assinalada na Planta de Condicionantes do PDM do Funchal.
Resumindo e concluindo, o Governo e a Câmara fazem uma milionária ginástica contorcionista, torneando leis e planos de ordenamento, que eles exigem aos outros com máximo rigor, mas que eles próprios não cumprem, com a agravante de estarmos em risco de levar com uma multa de 3 milhões de euros do Tribunal de Justiça da UE mais outras alcavalas, por não cumprirmos a velhíssima Diretiva 91/271/CEE, que nos obriga ao tratamento das águas residuais urbanas, tudo malabarismos que se vão arrastando no tempo, como a escolha estapafúrdia deste local, somente para satisfazer os caprichos e as vontades dos Donos Disto Tudo.

36 comentários:

Anónimo disse...

Os milhões que se vão gastar nesta loucura da Etar, quando se devia ampliar a do campo Almirante Reis, só mostra que estes senhores que ocupam os cargos públicos, com os votos da vilhoada, estão ao serviço dos poderosos e endinheirados. Esse dinheiro serviria para combater a pobreza no Funchal.

Anónimo disse...

Canha,
Como é que o Mentiras não ía decidir a favor desse grupo hoteleiro, se ele é dos camaradas socialistas Trindade & Caldeira, mais o amigo Blandy?
Então para o que o puseram lá?

Anónimo disse...

Claro, e era mais algum dinheiro que poupava-se, não com a infraestrutura que é altamente subsidiada mas com a manutenção que ira custar balúrdios, só as bombas a bombear lá para cima e a energia que se vai gastar até assusta!

Anónimo disse...

Obviamente que tudo se resume a adjudicar uma obra faraónica aos tubarões do betão do PSD e a não incomodar os donos do Hotel Porto Bay, tubarões da hotelaria do PS! Com uns e outros em conluio, só faltam os pareceres do douto e imparcial advogado-beato do CDS para abençoar a negociata! Embarga essa golpada Gil, como muito bem fizeste à Quinta do Lorde dos Irmãos Lobos Marinhos!

Anónimo disse...

Os vilões da cidade merecem ser roubados e pagar essa obra à máfia no bom sentido!

Anónimo disse...

Alguém viu a OPOSIÇÃO? Tantos mamões lá dentro! Que fazem????????????

Anónimo disse...

Canha não gastes latim com esta gente! os madeirenses são um bando de burros, cobardes, heróis nas tascas, nos cabeleireiros e dentro dos táxis. quando chega a hora da verdade metem a viola no saco! caprice

Anónimo disse...

23.08,
Uma correção.
O irmão Lobo Marinho nunca teve nada a ver com a Quinta do Lorde.
O irmão Quinta do Lorde, há muito que nada tem a ver com o Lobo Marinho, nem com qualquer negócio do dito Grupo Sousa, que é só de um Sousa, e não dos Sousas, como erradamente é commumente mencionado.
Apenas uma achega à tua ignorância.

Anónimo disse...

Estes engenhocas só trabalham e dão pareceres a preço de ouro.
Desde que cheire a dinheiro lã estão eles....
Já li neste site que a maneira mais fácil de chegar com os excrementos humanos ao vale do Lazareto é à beira mar, passando pelo Toco.
Também li que o Povo de Santa Maria Maior e S. Gonçalo, nunca perdoaria ao Presidente Albuquerque se não cumprisse a promessa de devolver a praia do Toco ao Povo, criando condições de acessibilidades e infraestruturas balneares.
Foi com essas e outras promessas que chegou ao Pódio do Governo da Região.
Como essa promessa tarda a chegar o mesmo já foi severamente castigado nas últimas legislativas
Teve de carregar o pesado fardo do CDS que lhe exigiu o tacho a uma corte de gente desde a criadagem aos ditos iluminados políticos de sacristia
Mas não pára por aqui.
Nas próximas eleições nem com esses sábios da caca chegarão a ser governo se não cumprir a justa promessa.
Realmente além de facilitar o trabalho de bombagem e poupança de energia, evitaria o fecho da Rua do Lazareto aos residentes da localidade.
Numa rota plana tudo seria mais fácil.
Depois dos gastos do abica burros do Penedo do Sono no Porto Santo, não haverá dinheiro para criar uma infraestrutura de lazer ao Povo no Toco?
Aproveitem o momento do coronavírus para passarem a tubaria à frente do Hotel dos socialistas Trindades, senão o careca fôfo ainda arranja motivo para uma indemnização aos ditos Senhores.

Anónimo disse...

NUNCA se deveria ter licenciado a construção dum edifício e muito menos dum hotel...a av. Mar-sul terminaria numa rotunda para inversão onde hoje está construído o hotel. Gastou-se um balúrdio no enrocamento única e exclusivamente para proteger o hotel bastas vezes invadido pelo mar...descaracterizou-se a bela baía do Funchal...obriga-se a necessária e urgente ampliação da ETAR a custos astronómicos!!

Anónimo disse...

12.37,
Onde está o hotel, era o estaleiro naval da Madeira Engenearing.
Que conste, nunca doi invadido pelo mar.
E, procurando no arquivo, também não encomtrei imvasões marítimas do hotel. Para isso foi feito o emrocamento.
Quanto à ETAR, já devia ter saído do Almirante Reis à muito tempo.

Anónimo disse...

E onde anda a oposição, JPP os socialistas os comunistas?! Onde?

Anónimo disse...

13.29,
Cairam no esgoto da ETAR.

Anónimo disse...

Oposição?!!!!!
Está tudo controlado, sempre esteve. Os madeirenses "calaram" o Bloco de Esquerda e limitaram o pc na ALR para darem mais pio a estes "socialistas" e "sucedâneos do psd e ps - o jpp, que mais não fazem que o que disseram na campanha para as eleições legislativas regionais que não iam fazer - manter o estque á a ser feito há 46 anos. Shame on you

Anónimo disse...

O espertalhão anónimo das 13:21
Não tenho culpa que tenhas a memória curta. No de 15 de Dezembro de 1926, por exemplo, o mar fez enormes estragos na baía do Funchal, segundo o DN entraram vagas com mais de 15 metros de altura. No antigo arsenal, Madeira Engineering destruiu os barracos de madeira e o mar mandou barcos até à Rua Bela de Santiago. Hoje, em Amesterdão e Copenhaga, existem ETARs a funcionar no centro das cidades sem qualquer problema nem cheiros com filtros de carvão etc... Na Madeira como não fazem manutenção o cheiro da merda vai para todo o lado.O Almirante Reis é a zona ideal para essa instalação. Técnico DROTA

Anónimo disse...

Meti um projeto na Câmara M. Fx para o licenciamento duma moradia e chumbaram porque não tinha o afastamento da lei de 10 metros do ribeiro. VOU ANDAR EM CIMA DISTO!

Anónimo disse...

22.39,
Pouco esperto das 22.39,
Nota-se que a tua mente não acompanhou os tempos.
De factos históricos, todos podemos encomtrar nos livros de história e nos arquivos.
Falar de 1926, para comparar com a situação actual é, evidentemente, uma idiotice. Não havia o molhe da Pontinha como existe hoje, logo a baía estava muito mais desprotegida.
Falar do arsenal da Madeira Engenearing em 1926, ou do mesmo local depois da extensão do molhe como hoje existe, e das consequências nessas imstalações, é uma imbecilidade.
Deslocar a ETAR é uma boa solução. ETAR's no centro das cidades não são nunca boa solução.
Podes ser técnico lá onde quiseres. O que falta são imbecis e incompetentes armados em especialistas.

Anónimo disse...

Numa zona histórica nunca deveria ser permitido a construção de um hotel naquelas dimensões! Qual foi o presidente de CMF que viabilizou aquele projecto violando o PDM? Ou foi o João Dantas ou o Miguel Albuqurque, ambos do PSD, o partido da mamadeira!

Anónimo disse...

O medidor de esperteza continua com os insultos.

Anónimo disse...

Anónimo das 13:14
Onde está o hotel e onde era o arsenal esta fora do molhe da Pontinha. Arrasta o coiro até lá e vê que em frente é mar aberto. O mar entra forte ali, nos finais dos anos cinquenta, entrou o mar e destruiu parte da lota que lá existia.A ignorância é atrevida e analfabeta. O imbecil que vá lá e confirme antes de dizer tontices!

Anónimo disse...

20.58,
Descobriste a pólvora seu otário, não?
Mas burro como és, que é o mar de sudoeste que provoca grandes danis na costa sul. E que o molhe da Pontinha protege toda a baía, inclusivamente toda a essa zona onde está o Porto de S. Maria, desse mar de sudoeste.
De facto a ignorância é atrevida, e a burrice ainda a agrava, e num analfabruto como tu aumenta as tontices que escreves.
Que imbecil. Deves ser especialista, não?

Anónimo disse...

Anónimo das 16:00

Calma, assim não chegas a velho e ainda apanhas o COVID com tanta irritação. Se essa zona está protegida pelo paredão da Pontinha, como tu dizes, porque razão os teus patrões pediram aquele paredão de milhões de euros para proteger o hotel? Ou aqueles pedregulhos de cimento que estão lá é para meter medo ao teu mar calmo de ignorante?! Toma lá esta pastilha!

Anónimo disse...

00.13,
Não te preocupes, mas fica o registo, para além da tua idiotice em rotulares como empregado de quem quer que seja, se não me conheces de lado nenhum.
Qualquer pessoa informada sabe que o molhe protege a baía do Mar de sudoeste (aquele que mais danos provoca) é um facto, não é opinião.
Qualquer pessoa sabe que essa "protecção" não é a 100%. Isso só fechando a própria baía (!).
Se os proprietários do Porto de S. Maria, Trindades, Caldeiras e Blandy, pediram o enrocamento ou não, não faço a mínima ideia. Sei que ele lá está e protege o hotel e áreas adjacentes.
Toma de facto uma pastilha para esse pequeno cérebro, a ver se consegues escrever qualquer coisa minimamente, já nem digo inteligente, mas, aceitável.
Que otário.

Anónimo disse...

00.13,
Bem feito foste meter com o US e Instrutor da Verdade, levaste.
E agradece que o Governo Regional tem em mente o Aumento do Molhe da Pontinha que resolverá esse problema.
Demonstras uma falta de bom senso e de não agradecimento.

Anónimo disse...

13.19,
Aumento do Molhe da Pontinha, onde está o dinheiro? Só se colocarem na boca do Costa para depois dizerem que foi uma Promessa Não Cumprida e lhe chamarem de Mentiroso. Sem verbas de Lisboa, a Madeira não é nada, pois gasta na governação muito mais do que recebe.

Anónimo disse...

oh 30 de abril de 2020 às 11:14

...tenta saber quem fazia parte do governo da república quando foi disponibilizada verba para o enrocamento frente ao Porto Santa Maria...

Anónimo disse...

13.19,
Nem mais. Parece mesmo coisa do cafofiano burro lambecuzista.
Nem vê que aquilo favorece os amigos e patrocinadores do Mentiras, Trindades e Caldeiras, mais o grande novo amigo do Sousa, o Blandy.
É tão burro que nem vê os interesses da tua e dele, camarilha. Assim o chefe tira-lhe a função..., de agarrar no pau, da bandeira.
De tanto zurrar ele cada vez está mais entupido.

Anónimo disse...

17.26,
Claro, teria de aparecer o troglodita que anda a insultar toda a gente que não segue a camarilha.

Anónimo disse...

17.26,
Então já queres ficar-me com os direitos de autor?

Anónimo disse...

21.18,
Claro. Para escumalha como tu e a tua camarilha, todo o insulto é pouco.
A tua existência é ela própria um insulto à humanidade.

Anónimo disse...

14.14,
Os teus comentários são de delinquentes políticos que nada trazem ao dialogo mas que apenas demonstram ser de chavascal idiota de alguém sem classe e sem carater.

Anónimo disse...

Nessa zona do Lazareto dava uma bela zona hotelaria

Anónimo disse...

21.37,
Também concordo e seria a expansão lógica da zona marginal.
Mas vieram para cá atacar cheios de fúria quando o AFA queria fazer um Hotel perto daquela zona. Madeirense indígena é assim, nem faz nem sai de cima.

Anónimo disse...

21.37,
É o que se precisa mais, agora. Mais hotelaria..., para encher de moscas, não?

Anónimo disse...

Todo o conjunto de edifícios do Lazareto recuperados davam um bom hotel, o AFA queria fazer um mamarracho na zona com vários andares dentro duma falésia mas ao lado. Explicação para o anónimo indígena das 12:29

Anónimo disse...

12.25,
Talvez fosse a melhor opção ao contrário de reconstruir palheirinhos que não ilustravam em nada, o Sec XVIII já passou ha muito tempo e quem não consegue apanhar o comboio em movimento fica em terra e continua a ser indígena.