PESSEGUEIRO DE JARDIM
Os trabalhos de requalificação do Campo de Educação Ambiental do Santo da Serra - Eva e Américo Durão sofreram uma paragem forçada pela declaração do estado de emergência. No último mês apenas um colaborador tem vindo a eliminar a feiteira e a cuidar das jovens plantas colocadas no solo durante o inverno, de forma a impedir uma regressão na qualidade da paisagem. Logo que legalmente seja possível, respeitando as regras de segurança recomendadas pela autoridade regional de saúde pública, retomaremos o programa de eliminação das invasoras e de recuperação das infraestruturas.
Entretanto, a flora, alheia ao vírus que atormenta os humanos, continua o seu ritmo.
Os carvalhos, os castanheiros, as bétulas, as faias europeias, os gincos, os liquidâmbares, os freixos, os áceres, as nogueiras, os pessegueiros e as tintureiras recuperam as folhas.
As roseiras, as azáleas, os rododendros, as estreleiras, os piornos, os fustetes, as faias das ilhas, os gerânios da Madeira, as palhinhas, as hastes de São José, os goivos da serra, os piornos, as ibozas, as telópeas, os mimos e os pessegueiros de jardim mostram as suas flores.
Entre as espécies que estão floridas escolhi a Weigela florida, conhecida popularmente por pessegueiro de jardim, para vos apresentar.
Natural do extremo oriente (Coreia e norte da China), este arbusto caducifólio, da família das Caprifoliáceas, depois dum longo período com os ramos nus, recuperou as folhas e alindou-se com incontáveis flores campanuladas, cor-de-rosa.
A sua beleza transmite-me paz. A linguagem das flores ajuda-me a aliviar o sistema nervoso das dolorosas pressões provocadas pelas torrentes de notícias geradas pelo terrível vírus oriundo da mesma região do globo donde emigrou esta maravilhosa planta, que há mais de um século ornamenta e alegra as quintas do Santo da Serra.
23.04.2020
Raimundo Quintal
1 comentário:
Pessegueiro de jardim! Só agora aprendi o nome.
Enviar um comentário