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sábado, 18 de abril de 2020


Subsídios ao transporte individual não faz sentido, 
muito menos na pandemia

O Governo Regional continua a querer gastar um milhão de euros para subsidiar a aquisição carros elétricos novos no meio da pandemia, como se não se passasse nada?

Ao atribuir 5.000 euros, vai chegar 200 carros novos, não há outras prioridades?
E que famílias podem habilitar-se a este apoio? As que tiverem disponíveis outros 25.000 euros para comprar um carro elétrico novo, que custa próximo de 30.000. Ora quem tem disponíveis 25.000 euros para gastar num carro novo não precisa da ajuda do Governo, muito menos se aceita numa altura em que tanta gente está a perder o emprego e sem perspetivas de o recuperar. É uma despesa descabida, fora da realidade em que vivemos.

O dinheiro de todos nós vai servir para a compra de carros para uso particular? Mesmo numa situação normal (antes da pandemia) fazia pouco sentido. Se ainda fosse para ajudar a renovar a envelhecida frota de táxis, para atividades que fazem uso intensivo das viaturas, ou para incentivar modalidades inovadoras de mobilidade partilhada, compreender-se-ia.

Este programa deve ser suspenso durante a pandemia, e reavaliado no final. Verifica-se que a circulação de carros nas estradas sofreu uma redução dramática, cenário que deve manter-se por mais alguns meses, qual a lógica de manter este programa em vigor - subsidiar a compra de carros novos para ficarem guardados nas garagens?


Paulino Ascenção
Comissão Regional do Bloco de Esquerda Madeira

10 comentários:

Anónimo disse...

É verdade, não é prioritário mesmo que faça parte do orçamento aprovado na ALM. Por outro lado, é uma forma de ajudar a vender carros novos-coisa difícil por estes tempos mas se a EasyJet aguenta esta situação por 9 meses!! muitas outras empresas deverão poder aguentar também. Claro que, se em vez de gastarem os seus recursos (poupanças) vão gastar as do Estado. Claro mas errado!

Anónimo disse...

17.54,
Comparar a Easyjet com as empresas madeirenses concessionárias de marcas automóveis, é como comparar o Real Madrid com o Carvalheiro. Não faz sentido. É uma patetice.
Basta ver que empresas mais comparáveis à Easyjet, como a TAP, não tem estrutura para se aguentar sem ajuda. Nem falo da SATA.
O governo alemão já meteu uma soma astronómica na TUI. A Alitalia já foi nacionalizada dada a dimensão dos meios financeiros necessários. A Air France/KLM também já pediu ajuda, Ibéria idem aspas, etc, etc.
Quais são os recursos (poupanças) de pequenas empresas que vivem dos serviços que prestam mensalmente para cumprir com as suas obrigações, e que trabalham com margens baixíssimas?
Convém de facto ser claro. E certo, não errado. Por isso é preciso saber do que se escreve.

Anónimo disse...

ADMISSIVEL questionar-se se este subsídio para aquisição de veículos elétricos e outros tantos devem manter-se ou não.
INADMISSIVEL é receber um subsídio indevidamente (ex: receber subsídio de mobilidade referente a uma viagem paga na totalidade pelo erário público)...no caso duma viatura eléctrica seria o mesmo que o Estado oferecer uma viatura eléctrica a um individuo e este reclamar o subsídio pago aos restantes cidadãos contribuintes.

Anónimo disse...

12.43,
Admissível é, mas, como decorre duma norma aprovada quer no Orçamento de Estado, quer no Orçamento Regional, está em vigor.
Será que o camarada Paulino já alertou as camaradas Mortágua para alterarem essa disposição no orçamento rectificativo? Ou será que as e os camaradas do BE não ligam pevas ao camarada Paulino, depois dele ter feito o partido desaparecer do mapa na Madeira?
E será que neste tempo difícil para tanta gente cadenciada, o camarada Paulino irá doar o diferencial do subsídio de mobilidade recebido indevidamente, para além dos 5.000€ entregues numa associação da qual o camarada Paulino faz parte dos corpos sociais.

Anónimo disse...

Se o camarada Paulino doar essa importância mais as dos três lambregos laranjas que durante 4 anos estiveram a usufrir desses subsídios e das viagens, já dará para matar a fome a muitos Madeirenses. Esperamos por esses atos de retificação do indigno para o digno, pois o dinheiro usado foi do Povo.

Anónimo disse...

17.10,
Esqueceste-te dos teus "lambregos" e labregos socialistas. Até porque dos laranjas, havia uma que não recebeu.
Sempre dará para uns cabazes de compras.

Anónimo disse...

Centremo-nos no essencial: é ou não neste momento prioridade implementar esse programa?
Claro que não! Nunca foi e nunca será. Só se for para apoiar os mesmos de sempre que têm 30.000 euros para comprar o automóvel. Os 100 milhões que sejam investidos nos transportes coletivos públicos, e se ainda for possivel que essa verba seja transferida para apoiar as famílias em dificuldades e as pequenas empresas.
Para abreviar o assunto das viagens, peli que sei o Paulino foi o único deputado que devolveu os subsídios a instituições regionais, ao contrário dos deputados do PS e do PSD, bem como o do CDS quando foi eleito.

Anónimo disse...

E porque que a "labrega" laranja não recebeu? Porque tinha domicílio fiscal fora da Região.
Foi dar uma de esperta com aquela entrevista na Sábado e os colegas não gostaram, nem conseguiam disfarçar o mal estar entre as duas senhora deputadas

Anónimo disse...

20:20, a grande maioria das pequenas oficinas não passam fatura e os donos têm boa casa e vários carros de colecção, desportivos e de lazer. Os donos de pequenos Stands, idem.
Os stands e oficinas de marca, esses compram a 10 para vender a 20, margens de 70% nas peças, preços de escaldar nas oficinas e stocks de dezenas de carros. Não tem margem para aguentar uns meses? Que não tem essa margem são as centenas de famílias que vivem de ordenados baixos e que não sobra nada para o mês seguinte, esses sim, precisam da ajuda do governo.

Anónimo disse...

20.00,
As medidas de impacto ambiental assinadas pelos países no protocolo de Quioto não foram suspensas.
Logo, os programas que contribuem para as obrigações que esses países assinaram, continuam. A diminuição do CO2 dos automóveis é uma dessas obrigações, e os apoios à mobilidade eléctrica são uma das medidas existentes. Como tal continua, e não há razão para não continuar, porque no fundo são apoios/isenções de natureza fiscal.
Esses 100 milhões não são por conseguinte dinheiro para gastar, mas apoios fiscais. E, não se resolve um problema, arranjando outros.
Felizmente não governas, porque para isso é preciso bom senso, o que não demonstras.
Quanto às viagens, pelo que sei, a ex-deputada Rubina Berardo foi a única que não recebeu qualquer cêntimo de indemnização do subsídio de mobilidade, e o camarada Paulino devolveu 5.000€ a uma associação de que era dirigente. Dos outros, não sei.