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segunda-feira, 13 de maio de 2019

Europeias 26-M


Margarida Pocinho arranca campanha
a tratar de tecnologia e inovação


A candidata do CDS-PP Madeira iniciou a campanha oficial para as eleições europeias do próximo dias 26 de maio com uma reunião de trabalho com o director da Agência Regional para o Desenvolvimento da Investigação, Tecnologia e Inovação (ARDIT - M-ITI), Nuno Nunes, para marcar, simbolicamente, um novo rumo para a Região, com base no conhecimento e na investigação, e contactos com jovens estudantes da Universidade da Madeira (UMa).
"Esta casa (UMa) acolhe-me há 25 anos, é nesta área que tenho feito o meu currículo internacional e preocupam-me várias coisas, uma delas é que estamos a perder os nossos melhores cérebros e os nossos melhores investigadores por falta de aposta na investigação", declarou à saída da reunião e depois de ter contactado com dezenas de jovens.
"A ARDIT M-ITI é das melhores da Madeira e até no Atlântico, comparando com os Açores e o Algarve, é das instituições que melhor aproveita os fundos comunitários. Embora a aposta do Governo Regional seja diminuta, apostando apenas 500 mil euros na ciência e investigação, eles conseguem transformar esse valor em 8 milhões de euros".

Margarida Pocinho, que se fez acompanhar dos deputados José Manuel Rodrigues e António Lopes da Fonseca, e de dois dirigentes da Juventude Popular (JP) disse que, na prática, o problema dos fundos para a ciência, investigação e inovação está no facto de o Governo Regional "controlar" a quase totalidade das verbas para este sector. "Com a autonomia que a ARDIT tem é que consegue transformar os tais 500 mil euros nos 8 milhões", explicou a candidata. "Há uma gestão directa com Bruxelas em alguns projectos de investigação, há projectos que têm de passar pela burocracia do governo regional e nacional, mas existem projectos que são tratados directamente com Bruxelas. O grande problema está na burocracia, e isso foi-nos referido pelo Director da ARDIT, porque têm dificuldade em contratar investigadores e quero dizer que os investigadores que estão na ARDIT são de topo internacional, mas que se vão embora quando as oportunidades não lhes são proporcionadas".

A par do fraco investimento da Região na ciência e na investigação, Margarida Pocinho refere a baixa qualificação dos madeirenses e a taxa de abandono escolar precoce como outros dois problemas graves. "Mais de metade da população tem o 9.º ano e cerca de 20% abandonam a escola antes de concluirem a escolaridade obrigatória", constatou, para acrescentar: "Temos, portanto, uma instituição que forma, que faz formação de topo, mas por outro lado temos uma Região com falta de qualificação e que não aposta na investigação, como consequência, a competitividade e a produtividade é baixa". 

Para a candidata do CDS, o problema está nas opções do responsáveis pela governação regional e nacional. "A Europa é muito clara e não é impeditiva do acesso aos projectos", explicou. "É preciso que os governos de cada país se esforcem, não tem de ser o governo a fazer, que deixem as instituições, as empresas, os investigadores e os jovens fazer. O governo deve agilizar, ser apenas intermediário, a União Europeia não tem de obrigar os países a fazerem, senão era uma ditadura, cada país tem as suas metas. Se as metas dizem que mais de 2% do PIB tem de ser investido na investigação, ora os países de bom senso implementam essa regra, os que não têm bom senso não fazem, mas ao menos que deixem fazer".


CDS

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