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segunda-feira, 2 de abril de 2018


BE diz que a Política Florestal do Governo Regional 
é política da terra queimada


O Bloco de Esquerda deslocou-se hoje, ao Curral dos Romeiros, local este que serviu de mote para o BE, através do dirigente Ernesto Ferraz, abordar a temática da Política Florestal. À Comunicação Social, Ernesto Ferraz referiu que o local a abordar o tema suprarreferido poderia ser igualmente em qualquer outra zona da costa sul da R.A.M, toda ela florestalmente descaraterizada.
“Todos nós sabemos que o ambiente, a qualidade do ambiente que temos ou não, tem influência na nossa qualidade de vida, que este deve ser preservado o mais possível, para que não tenhamos que olhar para trás e pensar naquilo que se perdeu ao longo dos últimos tempos. A verdade é que temos 40 anos de democracia, 40 anos de autonomia e a secretaria que tutela esta pasta tem autonomia própria e passadas tantas décadas, o ambiente foi deixado ao abandono, ao descalabro e a floresta é o que se vê”, enfatizou. A Política Florestal do governo democrático de todo o sempre é a política da terra queimada.

Em toda a costa sul da ilha, a invasão de espécies infestantes, quer arbóreas, quer vegetais e uma realidade. Depois a cada verão os incêndios deflagram com grande intensidade porque estas espécies são propícias a que esses incêndios tomem proporções mais elevadas, colocando muitas vezes as populações das zonas rurais em perigo, quando não lhes retira a própria vida e a Secretaria Regional do Ambiente, com a tutela das florestas, aquilo que faz é fazer “Planos teóricos”, como em todas as outras áreas do Ordenamento. Existem planos que deveriam ser para estruturar e levar avante políticas corretas do ambiente; temos um PROF-RAM (Plano Regional de Ordenamento Florestal) que se começou a falar desde o fim do século passado, foi reerguido em 2008, revisto em 2009 e 2011, esteve em consulta pública em 2015 e passam-se décadas e olhamos para a floresta, para a paisagem, para a desproteção de espécies autóctones e o que vimos é que a degradação é constante e cada tempo que passa e que será cada vez mais difícil de a recuperar.
Portanto, temos os eucaliptos que tomaram as rédeas da Floresta, espécie infestantes e de grande proliferação e que na Madeira não se pode justificar por uma Indústria madeireira que não existe e, assim, nem o fator económico o poderia justificar minimamente esta invasão de eucaliptais. O que temos é uma incúria governativa gritante do ponto de vista da estruturação e preservação da Floresta.
O Governo Regional vai se entretendo em pequenas ações esporádicas e pontuais de recuperar a floresta perdida. Faz muitas conferências, anuncia 10M€ aqui, 5M€ ali, 4M€ acolá, para recuperar algumas partes daquilo que os incêndios levaram e nunca incrementa políticas preventivas para reflorestar e reordenar a Floresta. É urgente uma política estrutural de reflorestação de toda a costa sul da Região Autónoma da Madeira e mesmo na costa Norte, a paisagem protegida, não se protege per si. A Laurissilva está se dizimando ao longo dos tempos, ao longo das décadas sofrendo da autorregulação. É claro que o ambiente tem muito de autorregulação, mas é preciso coordenação humana, políticas concretas e sobretudo para que não caiamos neste estado daquilo que se vê do Curral dos Romeiros, o Vale da Ribeira de João Gomes em que os eucaliptos se queimam no verão, no inverno multiplicam a sua rebentação e, efeito da erosão dos solos, as enxurradas deambulam para jusante. Passados mais de 8 anos do 20 de fevereiro ainda existem no centro do Funchal resquícios visíveis dessa catástrofe junto ao Oudinot e ao Mercado do Funchal que são reveladores da incúria governativa quer a montante, quer a jusante. Não são vários metros de Ribeiras betonadas que vem resolver o problema, pois o problema está sobretudo a montante, onde tudo começa e transforma para que as populações fiquem em perigo constante.
Ernesto Ferraz acha muito bem que se plantem árvores. Na semana passada o Presidente do Governo, a secretária do ambiente, foram com a pazinha plantar uma árvore. Também concordamos e já o fizemos algumas vezes, que as pessoas voluntariamente, num ato de cidadania pura, vão plantar árvores, mas, é muito pouco para o estado de degradação a que a floresta na região chegou.
São necessárias políticas públicas que incrementem uma reestruturação e que levem a que estes planos passem do papel, depois de tantas décadas, para a prática, sob pena de continuarmos a degradar cada vez mais e a pôr quer a floresta em perigo, quer a qualidade do ambiente que cada vez é menor, quer as populações que vivem no meio dos eucaliptais e a jusante, nas Vilas e Cidades em constante perigo.
BE 

8 comentários:

Anónimo disse...

Sim, porque o continente também é um exemplo. Sempre pode ir para o continente pregar aos 100 que morreram o ano passado.

Anónimo disse...

Gostava era de saber porque razão é que tem de ser o governo a pagar limpezas de terrenos privados com o dinheiro de todos nós. É à espera disso que ninguém mexe um cú para limpar a serra. O sr. Governo que pague... Olhem, se for para pagar, ao menos que o terreno passe para o Estado. Iam ver como apareciam logo os proprietários.

Anónimo disse...

Havia de ser lindo se aparecesse uma notícia a dizer que havia mais uns milhões para plantar árvores! Apareciam logo estes palhaços a reclamar que o dinheiro podia ser dado ao pessoal do rendimento mínimo!

Anónimo disse...

Mto fraquinhos estes blouistas falta de dialética política

Anónimo disse...

Este de camisola verde já mudou de patrão?
Também nunca o vi fazer nada...
É um bom guarda costas do partido dito proletário
Trabalha malandro...

Anónimo disse...

Comentadeiros lerdos que não percebem nada, nada têm a acrescentar e inventam historietas para continuarem a alimentar este bando de incompetentes que nos espezinham em rodas as áreas...

Anónimo disse...

o professor que falou e o economista que estava atrás deles nunca na vida devem ter pegado uma foice ou uma podoa para limpar seja o que for e agora vem com lições de moral ..
O único que já deve ter vergado o serrato deve ser o Carlinhos o resto tudo queque

Anónimo disse...

Uma floresta púbica é o que estes senhores recusam-se a abater. Julgo que a colega de belos air-bags está a favor dessa medida pois até a cabeça rapa