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sexta-feira, 6 de setembro de 2019


MADEIRA PRIDE PRECISA DE APOIO



COMUNICADO

Há três anos, um conjunto de associações promotoras dos Direitos Humanos, na Madeira e no Porto Santo, uniram-se para quebrar um ciclo histórico e cultural de preconceito, com estereótipos enraizados e discriminação social, política e institucional. 
Desta forma, a 7 de outubo de 2017, a comunidade lésbica, gay, bissexual, trans e intersexo saiu do armário e, nas ruas do Funchal, mais de 300 pessoas ecoaram as suas vozes contra a homofobia, bifobia e transfobia na 1.ª Marcha do Orgulho LGBTI+ da Madeira, reivindicando os seus direitos e escancarando a sociedade ainda conservadora na Região Autónoma da Madeira. E, pela primeira vez, celebrou-se o Orgulho num espaço público, no Arraial Madeira Pride. 

Em dois anos de Orgulho LGBTI+ nas ruas da cidade do Funchal, conquistámos muitos sonhos, desde a união de associações que trabalham Direitos Humanos, a fim de se incluírem também os direitos LGBTI+; a vinda de projetos científicos nas áreas da sexualidade e género à região, sendo uma oportunidade para o debate e para a reflexão sobre as vidas LGBTI+; o impulsionamento da criação de núcleos regionais da Opus Gay e da AMPLOS - Associação de Mães e Pais pela Liberdade de Orientação Sexual e Identidade de Género; a valorização de artistas LGBTI+ e apoiantes, regionais e nacionais, assim como da arte do transformismo, através do Arraial e do Drag for Pay, este último um evento de angariação de fundos com espetáculos de transformismo; a aprovação de um voto de saudação à Comissão Organizadora do Madeira Pride na Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira; a abertura de portas para o segmento LGBTI+ no turismo e no comércio. 
No fundo, mais de 300 pessoas foram encorajadas a sair à rua, na 1.ª Marcha do Orgulho LGBTI+ da Madeira, e mais de 500 pessoas na 2.ª Marcha, fazendo com que se abrisse caminho a uma sociedade mais segura e inclusiva, num meio onde o coming out possa ser mais fácil.
De facto, tudo isto foi possível devido às sinergias criadas, mas não teria acontecido sem a Câmara Municipal do Funchal que, desde o primeiro momento, apoiou o evento a nível logístico e financeiro.
No entanto, as dificuldades são bem reais, sendo que, em 2017, o financiamento foi disponibilizado já bem perto da data do evento, o que atrasou o pagamento a fornecedores e pôs em causa a realização do Arraial, tendo sido necessário a ajuda das associações e pessoas integrantes na Comissão Organizadora do Madeira Pride, que tiveram que avançar com o seu próprio dinheiro para assegurar a realização do Arraial. Já em 2018, apesar dos esforços para angariar fundos através de eventos e de venda de merchandising, houve um prejuízo nas contas do Madeira Pride, sendo este assegurado pelas pessoas da Comissão Organizadora-
Este ano, já foi realizado um evento de angariação de fundos, porém estes não asseguram a realização da terceira edição do Madeira Pride. Como forma de destacar a importância do movimento, foi formado um bloco insular na Marcha do Orgulho LGBTI+ de Lisboa, marco histórico, muito elogiado e que tirou as ilhas do armário, mas com recursos financeiros dos próprios voluntários do Madeira Pride. E, repare-se, devido ao preconceito e ao medo, o Madeira Pride ainda não é um evento apelativo para as marcas e empresas madeirenses patrocinarem.
Apesar das dificuldades, o Madeira Pride passou a ser um momento de referência para as pessoas LGBTI+ mas também para todas aquelas que acreditam numa sociedade madeirense e portossantense inclusiva e igual em direitos. Queremos que o Madeira Pride continue a ir de encontro às necessidades e reivindicações da comunidade local e que seja uma oportunidade para quebrar os preconceitos e estereótipos e, sobretudo, a invisibilidade, o isolamento e a insularidade. Queremos um evento cada vez maior, melhor e mais representativo da nossa comunidade local e do Orgulho LGBTI+ a um nível nacional e internacional. O Madeira Pride é a oportunidade para quebrar as insularidades, de criar pontes associativas e ativistas entre a região e o continente e de aproximar as comunidades LGBTI+ insulares e continentais.
Por outro lado, queremos ver reconhecido valor económico no Madeira Pride, que impulsiona o comércio local e pretende também chamar as marcas e empresas para a sua responsabilidade social, que numa região insular, é ainda mais crucial que estas se expressem contra a homofobia, bifobia e transfobia, e abracem a inclusão.
Por isso, a Comissão Organizadora do Madeira Pride, dá aos madeirenses e portossantenses a oportunidade de se envolverem e apoiarem a comunidade LGBTI+ local, através de uma doação, para que este espaço seguro, de reivindicação e celebração, que é o Madeira Pride, continue a acontecer e a trazer mais pessoas com Orgulho para as ruas.
O Madeira Pride quer que se juntem a nós nesta celebração e, connosco, fazer acontecer a edição deste ano do Madeira Pride. Cada gesto faz diferença, qualquer valor é importante e uma grande ajuda para a Madeira a recuperar os anos perdidos e a pôr a região na vanguarda dos direitos LGBTI! 
O apoio pode ser feito através de bit.ly/madeirapridefund


10 comentários:

Anónimo disse...

Era só o que faltava subsidiar estes meninos. Realmente uma prioridade da região, face á povreza, falta de estruturas de saúde, lares, etc.
Haja juizo.
Façam as suas festas, mas nao peçam aos contribuintes para vos financiar...

Anónimo disse...

Não deixa de ser engraçado!
Fazer festejos com o dinheiro dos outros...
E não tem nada a ver com o tipo de associação. Digo o mesmo para todas! Quem quer festejar que pague a festa!

Anónimo disse...

Façam o arraial à vontade, têm todo o direito. Agora, apoios financeiros? Para quê? Atenção, também acho injustificados os apoios públicos a mais de metade de todas as outras iniciativas iniciativas festivas que acontecem na Madeira. Os festivaleiros e arraialeiros que se divirtam mas que paguem a fatura.

Anónimo disse...

Meu Deus tanto rancor nestes comentários. Ninguém obriga ninguém a contribuir, é um mero apelo a uma causa que por sinal ajuda tanta gente a ter coragem e orgulho a se assumir como é. Tomara haver essa indignação com o gasto estapafúrdio de dinheiros públicos. Sejam felizes sem ser à custa de infelicidade de outros.

Anónimo disse...

Apelo a uma causa? So teem que assumir o que gostam e mais nada e siga vivam felizes, tambem gostava de festa com o dinheiro dos outros.

Raghnar disse...

Pois acho muito bem, quem acha que a sua sexualidade é motivo de "orgulho" deve financiar as festanças do seu bolso e largar o do contribuinte da mão. Assim todos contentes...

Anónimo disse...

O orgulho quer dizer orgulho em ser forte e corajoso e não se deixar quebrar perante homofobia disfarçada por exemplo de preocupações com o “dinheiro dos contribuintes “.
Enfim.

Anónimo disse...

23:27
Tenho orgulho na minha heterosexualidade, não quer dizer que vá andar meio nú na rua com trajes a roçar o patológico para que todos vejam o quanto orgulhoso sou! E isto,amiga, não é ser homofóbico! Quero lá saber a orientação sexual de cada um,agora não me imponham a sua forma de estar como não imponho a minha a ninguém!!!

Anónimo disse...

Era só o que faltava.
O dinheiro dos contribuintes não é para andar a ser gasto em marchas de orgulho de certas opções sexuais.
Não faltava mais nada.

Anónimo disse...

entre dar a estes alegres e ir ao Caniçal comer umas lapas , escolho ir ao caniçal