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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

A TAP e as (falsas) indignações dos governantes regionais


Cafôfo atira-se à TAP, tal como Albuquerque se atira à TAP, mas ambos falham o alvo. Cafôfo atira-se ao Governo Regional e Albuquerque atira-se ao Governo da República e desta vez ambos acertam.

A TAP trata mal os passageiros para a Madeira porque lhe foi dito que o pode fazer. Porque foi desobrigada de cumprir regras de serviço público após a liberalização de 2008. A TAP pode dar-se ao luxo de tratar mal os madeirenses porque não temos alternativa, por pior tratados que sejamos, temos de comer à mão da TAP. Os Governos (de cá e de lá) acabaram com as obrigações de serviço público e a concorrência nunca chegou. 

O modelo de subsídio de mobilidade desde 2015 afasta ainda mais a concorrência – se o custo final é igual para o passageiro, não há interesse para uma nova companhia entrar na linha da Madeira e outras companhias estão a sair por causa dos custos da inoperacionalidade do aeroporto.

É preciso enxergar que a liberalização, passados dez anos, não funciona e há que voltar ao regime de serviço público, há que obrigar a TAP, pela força da Lei a respeitar os madeirenses (pois por força da gritaria não vai respeitar). Bater na TAP é errar o alvo e desviar as atenções.

Mas o serviço público não vai amainar os ventos. Este problema pode ser atacado com a gestão integrada dos dois aeroportos da região, ora isso implica outro tipo de ligação marítima, mais rápida, entre as duas ilhas, para permitir escoar os passageiros dos voos desviados para o Porto Santo. Isso esbarra nos interesses instalados do grupo Sousa, isso requer coragem política que, lamentavelmente, quer Cafôfo, quer Albuquerque não mostram ter: não querem mexer nos interesses instalados.

E assim continuamos com os problemas eternamente adiados, porque os principais responsáveis políticos colocam a proteção de interesses privados acima do interesse público.

BE

9 comentários:

Anónimo disse...

Cafôfo e Albuquerque que se queixem ao Passos Coelho e ao Paulo Portas, que foram eles que privatizaram a TAP! E já agora queixem-se aos Sousas por não poderem mexer nos interesses instalados da "máfia no bom sentido"!

Anónimo disse...

Cafôfo disparou para todo o lado e não acertou numa. Tiros de bazuca de pólvora seca e pars os pés

Anónimo disse...

Há sempre as alternativas da Easyjet e da Transavia...

Anónimo disse...

E a Easyjet e a Transavia aterram nas condições de maus tempos?
E pagam hotel e refeições quando não aterram por causa do mau tempo?

Anónimo disse...

Esta gente fala da alternativa do Porto Santo, mas não consegue ver mais de 1 metro à frente. Com que então, em dias de vento, em que o mar da Travessa costuma ser uma montanha russa, o transbordo no Porto Santo com recurso a ferries, mesmo que catamarãs é alternativa? Não me façam rir...

Anónimo disse...

Grande Bloco de Esquerda! É assim mesmo! ainda bem que não apoia nenhum candidato careca! Oh, espera...

Anónimo disse...


A TAP É UM EMPRESA PÚBLICA, LOGO TERÁ OBRIGAÇÕES
JÁ EXPLORARAM BEM QUE OBRIGAÇÕES TEM UMA EMPRESA PUBLICA?

Anónimo disse...

Não era o lider do BE que aproveitou-se dos subsídios das viagens? Estes bloquistas são uns idiotas marxistas, que querem destruir tudo.

Anónimo disse...

Ó das 19.17,

A TAP não é uma empresa pública. É uma empresa de direito privado com capitais públicos, onde o estado tem 50% do capital social, mas não tem direitos económicos de gestão. Estes estão a cargo dos privados, que são minoritários, porque os trabalhadores têm 5% do capital.
A TAP não tem nenhuma obrigação de serviço público.
Foi feita uma reversão da privatização que custou ao contribuinte 150 milhões de euros, e que como se vê, não serviu para nada.